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Tipos de Sócios, ou formas de dividir os lucros com os funcionários?

Postou 14/07/2014 - 20:47 (#1) Membro offline   Tiago Nascimento 


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Olá, boa noite!

Prezados, sou economista e para complementar minha formação comecei estudar contabilidade, mas faz pouco tempo, mesmo assim tenho a base da graduação em economia, que é de contabilidade básica, social, algumas matérias de administração, e outras matérias que se limitam à base do curso de contabilidade e/ou disciplinas dos primeiros semestres, ou seja, me falta conhecimento, prática e experiência contábil, propriamente dita, motivo da seguinte dúvida.

Estou estudando o caso de um familiar que possui uma empresa, não sei se microempresa ou empresa de pequeno porte (faltam informações sobre o faturamento), acredito que enquadrada no Simples, pois não encontro atividades impeditivas/vedadas para tal, logo essa deve ser a forma de tributação, suponho, mas confirmo todas essas informações em breve.

A questão é, de algum tempo para cá, esse familiar começou a preparar seus funcionários para o substituírem, incentivou-os a cursarem uma faculdade, pagou a mesma, comprou notebook e impressora para auxiliar nos estudos, garantiu que eles tivessem uma base teórica além da prática, que ele também aprimorou, enfim, ele tinha essa ideia de deixar a empresa para os funcionários e tudo que ele poderia passar da experiência de mais de 50 anos no ramo passou.

Ele nunca foi um patrão ruim, pelo contrário, paga bem acima da média de mercado, faz festa de aniversário para todos eles, essas gratificações de fim de ano então, é cesta básica, é um dinheiro extra, presente para os filhos, por vezes, quando eles precisavam de um dinheiro mais e não tinha como emprestar, ele os demitia só para pegarem o FGTS detalhe, com os 40% de multa e depois os admitia outra vez, não cobra horário, meta, não trabalham aos sábados, enfim, ele não é um patrão, é quase um pai, poderia dizer milhões de coisas aqui, mas só para terminar essa parte, alguns dos funcionários levam uma vida até mais confortável que a dele, com carro e casa melhor que a dele, que hoje até sem casa está, acho que com essas informações dá para entender.

Como a maioria das pessoas não sabem aproveitar adequadamente as situações, desde quando ele começou a prometer e prepará-los para assumir a empresa, estes começaram a mudar muito, passaram a fazer (ainda mais) corpo mole, não entregar os pedidos, reclamações de clientes são cada vez mais frequentes, inclusive de má educação, há um enorme embate por conta da divisão que ele sugeriu, que não é mesmo muito clara, segue padrões de "confiança" e antiguidade que só ele entende, acaba um ficando com uma parte maior que a outra, e dá pra imaginar a confusão que isso gera, e ainda nem foi concretizado, eu considero um tremendo absurdo, ainda mais pra que não merece, ele pretende demitir cada um deles, quitar todas as dívidas trabalhistas, com a multa de 40% de FGTS, como se estivesse os demitindo e depois passar a empresa sem custo algum, já como sócios, ficando sem nenhuma parte, e pessoas que foram admitidas esse ano com uma parte significativa. O contexto é uma cidadezinha do interior, onde não tem muitos empregos, onde as pessoas querem demonstrar ter mais do que de fato tem, o que é uma grande besteira, e muitos já se apresentam por aí como donos do negócio, o que para os padrões locais é um caso de sucesso, e dá um tal de``status´´ aos seus ``donos´´.

Mas como eles começaram a afundar o trabalho da vida dele ele começou a se preocupar, e até ouvir brincadeiras de o quanto ele estava sendo inocente, ou que trabalhou a vida inteira, viveu pessimamente (contraditoriamente ele é avarento com ele e com a família, com ele mesmo então nem se fala) e vai deixar tudo pra eles, parece ter lembrado que tem uma esposa que viveu para dar suporte a ele, e, além disso, uma filha portadora de necessidades especiais, que precisa ter sua sobrevivência garantida, ele é um homem do interior, de valores tradicionais, e ``não pode´´ simplesmente voltar atrás no que prometeu, segundo ele, (às vezes tende à depressão quando algo não sai do jeito que ele queria, especialmente, logo uma ação judicial está descartada) nem quer ver seu negócio fechar, o que mesmo sendo cabeça dura já percebeu que é o que vai acontecer se ele concretizar esses planos mirabolantes dele, por outro lado, é constantemente ameaçado porque agora ``eles já sabem de tudo´´ e podem muito bem sair para abrir os seus negócios, (ainda não foram porque o suporte da empresa é muito grande, e o intangível ainda maior, por isso) e ele acabar ficando sem mão de obra.

Resumindo, sei que isso é caso para além de um contador, talvez até um advogado, mas o fato é:

- Ele prometeu e não quer voltar atrás.

- Também não se importa de dividir todos os lucros com os ``funcionários´´

- Não quer que o negócio feche, mesmo que em outras mãos.

- E acredita que não pode ficar sem esses funcionários, teme que o negócio não se recupere.

O que sugeri foi o seguinte, que ele abrisse as contas da empresa, fizesse um tipo de plano de participação nos lucros, por meta, para incentivar o trabalho, e pra quem quiser ganhar mais que trabalhe mais, mas que fizesse de um modo que isso não fosse configurado e posteriormente cobrado como uma constante, ou como parte integrante do salário, e não perdesse o controle da empresa, pois se ele perder é fato que vai fechar, e esquecer essa de ficar com medo de funcionário sair, quem quiser que vá, agora duvido que tenham capital para montar um negócio desse porte, o investimento é muito alto, e se tiverem, melhor ainda, gente assim é melhor ver longe, não sei se minha ideia é boa, mas mesmo que seja, esbarra na parte prática de como fazer, sem dispensar o contador e o advogado, pelo menos o contador, claro.

Existem outras alternativas? Ele vive falando de ``sócio capitalizado e sócio não capitalizado´´, desconhecimento à parte, só conheço capital integralizado ou a integralizar (não integralizado).

Agora entendo porque tem Psicologia na grade curricular, e porque tenho um professor que diz que um contador às vezes tem papel de médico, podendo ou não salvar toda uma família.

Por essas e por outras que sou funcionário público.

Muito grato por quem responder, ou pelo menos chegar até aqui, sei que é um caso de família, mas a solução pode ser inteiramente contábil...

Caso interessante para os estudiosos.
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