Como convencer os empresários da obrigatoriedade da escrituração mínima, quando o hábito de muitos é simplesmente ignorar isso e depois ainda responsabilizar o contabilista por irregularidades constatadas em fiscalizações?
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Escrituração Mínima - Simples Nacional Como convencer os empresários da obrigatoriedade dos livros?
Postou 10/07/2011 - 15:36 (#2)
acho que isso e um problema de todos os contadores, mas bem se alguem soube tambem estou interessado.
Postou 10/07/2011 - 15:47 (#3)
O maior problema é o costume brasileiro de sempre "dar um jeitinho", devido a isso, a maioria dos empresários sempre acha que o contador pode dar um jeito.
Na minha opinião a melhor forma ainda é mostrar a verdade, que se a fiscalização pegar, ele pode ser multado, e solicitar que o mesmo elabore um termo de responsabilidade, onde ele isenta o contador,
Mesmo que na prática esse termo não sirva para nada, o impacto psicológico é grande, pois ameaça o bolso.
Na minha opinião a melhor forma ainda é mostrar a verdade, que se a fiscalização pegar, ele pode ser multado, e solicitar que o mesmo elabore um termo de responsabilidade, onde ele isenta o contador,

Mesmo que na prática esse termo não sirva para nada, o impacto psicológico é grande, pois ameaça o bolso.

Postou 10/07/2011 - 15:55 (#4)
JOBSON MYKAEL, em 10/07/2011 - 15:36, disse:
acho que isso e um problema de todos os contadores, mas bem se alguem soube tambem estou interessado.
Prezados Colegas: Conforme Novo Código Civil apenas o pequeno empresario (MEI) está desobrigado da manutenção de escrituração contábil. Portanto, as demais empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL e LUCRO PRESUMIDO, apesar da legislação do Imposto de Renda-PJ "obrigarem" estas apenas a manterem escrituração do Livro Caixa e Livro Registro de Inventário, pelo NCC esas estão obrigadas a manterem escrita regular. Afora isto, acredito que um modo de convencer os empresarios a efetuarem escrituração contabil regular é que a contabilidade é ferramenta essencial para tomada de decisão, inclusve, quando a opção pelo regime tributário a ser adotado (qual o mais economico ou vantajoso?). Isso somente a contabilidade regular fornecerá as informações necessárias.
Postou 10/07/2011 - 16:50 (#5)
Abilio, a teoria é bonita e verdadeira, porém, devido a alta carga tributária aplicada no Brasil, o percentual de empresários que aceitam registrar 100% do movimento realizado é extremamente baixo, na maioria dos casos, o contador nem sabe qual o real faturamento das empresas.
Com isso, o que temos é a contabilidade estritamente fiscal, pois não há como apresentar uma contabilidade gerencial que possa realmente auxiliar na tomada de decisão se não tivermos o registro de toda a movimentação da empresa.
Tanto é que muitos indicam o faturamento declarado como sendo no máximo 60% do total da empresa.
Todas as opiniões são contestáveis, porém, o erro já começa por muitos contadores, que não emitem nota fiscal dos serviços contábeis realizados ou o fazem com valor a menor, para pagar menos impostos.
Com isso, o que temos é a contabilidade estritamente fiscal, pois não há como apresentar uma contabilidade gerencial que possa realmente auxiliar na tomada de decisão se não tivermos o registro de toda a movimentação da empresa.
Tanto é que muitos indicam o faturamento declarado como sendo no máximo 60% do total da empresa.
Todas as opiniões são contestáveis, porém, o erro já começa por muitos contadores, que não emitem nota fiscal dos serviços contábeis realizados ou o fazem com valor a menor, para pagar menos impostos.
Postou 10/07/2011 - 17:19 (#6)
Bom, acredito que temos que passar o que a lei nos fornece e qual o retrato de uma contabilização solida pode acarretar para empresa em forma de gestão, porém temos que ter flexibilidade em nossas ações, como nosso amigo Charles menciona, que as empresas ocultam valores, afim de serem beneficiadas de alguma forma
Postou 10/07/2011 - 17:35 (#7)
O tema é bastante polêmico. A Teoria do Abílio é o caminho correto a seguir, porém a prática apresentada pelo Fenske é uma verdade que se apresenta no
cotidiano da maioria dos escritórios de contabilidade. De fato o exemplo maior deve vir de nos, contabilistas, que tanto presamos pela boa prática das normas contábeis.
No meu entendimento, nossa obrigação é a de fazer o nosso trabalho com observância das normais legais. Convencer ao Cliente de nossas obrigaçõe enquanto profissionais, me parece ser algo "estranho". O que devemos fazer é convencer o cliente de que ele necessita das informações contábeis para gerir melhor o seu negócio.
cotidiano da maioria dos escritórios de contabilidade. De fato o exemplo maior deve vir de nos, contabilistas, que tanto presamos pela boa prática das normas contábeis.
No meu entendimento, nossa obrigação é a de fazer o nosso trabalho com observância das normais legais. Convencer ao Cliente de nossas obrigaçõe enquanto profissionais, me parece ser algo "estranho". O que devemos fazer é convencer o cliente de que ele necessita das informações contábeis para gerir melhor o seu negócio.
Postou 10/07/2011 - 17:41 (#8)
Realmente vivemos uma situação complicada nesse sentido.
De um lado a carga tributária alta e a infeliz certeza do mau uso dos recursos provenientes da arrecadação através dos desvios nas mais diversas formas, o que desmotiva grande parte da sociedade em cumprir fielmente suas obrigações.
De outro essa nossa cultura de "dar um jeitinho" e ir "empurrando com a barriga" as coisas.
Um professor meu sempre dizia que temos no mínimo duas economias: a formal e a informal. E que a informal movimenta tanto quanto a formal, deixando de gerar impostos e crescimento econômico que beneficie a um maior número de pessoas!
Vida de contabilista continua dura amigos!
De um lado a carga tributária alta e a infeliz certeza do mau uso dos recursos provenientes da arrecadação através dos desvios nas mais diversas formas, o que desmotiva grande parte da sociedade em cumprir fielmente suas obrigações.
De outro essa nossa cultura de "dar um jeitinho" e ir "empurrando com a barriga" as coisas.
Um professor meu sempre dizia que temos no mínimo duas economias: a formal e a informal. E que a informal movimenta tanto quanto a formal, deixando de gerar impostos e crescimento econômico que beneficie a um maior número de pessoas!
Vida de contabilista continua dura amigos!
Postou 10/07/2011 - 18:15 (#9)
Eu sempre, quando há necessidade, faço uma comunicação por escrito ao empresário tomando o cuidado de pegar "ciente" na segunda via da comunicação - uso protocolo.
Tenho um cliente que sitematicamente não apresenta os extratos bancários, cópias de cheque.
Tenho um cliente que sitematicamente não apresenta os extratos bancários, cópias de cheque.
Postou 10/07/2011 - 18:22 (#10)
Charles Fenske, em 10/07/2011 - 16:50, disse:
Abilio, a teoria é bonita e verdadeira, porém, devido a alta carga tributária aplicada no Brasil, o percentual de empresários que aceitam registrar 100% do movimento realizado é extremamente baixo, na maioria dos casos, o contador nem sabe qual o real faturamento das empresas.
Com isso, o que temos é a contabilidade estritamente fiscal, pois não há como apresentar uma contabilidade gerencial que possa realmente auxiliar na tomada de decisão se não tivermos o registro de toda a movimentação da empresa.
Tanto é que muitos indicam o faturamento declarado como sendo no máximo 60% do total da empresa.
Todas as opiniões são contestáveis, porém, o erro já começa por muitos contadores, que não emitem nota fiscal dos serviços contábeis realizados ou o fazem com valor a menor, para pagar menos impostos.
Com isso, o que temos é a contabilidade estritamente fiscal, pois não há como apresentar uma contabilidade gerencial que possa realmente auxiliar na tomada de decisão se não tivermos o registro de toda a movimentação da empresa.
Tanto é que muitos indicam o faturamento declarado como sendo no máximo 60% do total da empresa.
Todas as opiniões são contestáveis, porém, o erro já começa por muitos contadores, que não emitem nota fiscal dos serviços contábeis realizados ou o fazem com valor a menor, para pagar menos impostos.
Prezados Colegas: Citei o mandamento legal do NCC que determina que - exceto os MEI'S - todos os estabelecimentos DEVERÃO MANTER REGISTROS, mesmo que simplicados, de suas OPERAÇÕES MERCANTIS. A carga tributária em nenhum momento é impeditiva para se fazer escrituração contábil, até porque 98% das empresas brasileiras apresentam DIRPJ com base nos regimes SIMPLES NACIONAL ou LUCRO PRESUMIDO. Portanto, para o fisco federal a contabilidade, nesses casos, é irrelevante. Todavia, a contabilidade, para esses estabelecimentos serviria, e como, apenas como ferramenta para decisão gerencial.
Então, nós, contadores, temos que "vender e prestar" nossos serviços na acepção correta da profissão que escolhemos que é o de registrar os fatos que ocasionaram mutação no patrimonio.
Em se falando de carga tributaria, a sonegação cada vez mais está com seus dias contados, principalmente, com a insituição na NF-e que permite ao fisco identificar instantaneamente as operações atribuidas a qualquer contribuinte.
Postou 10/07/2011 - 18:25 (#11)
Faço Livro Caixa, Diário e Razão, Livros Fiscais.....(Entrada/Saída)
Postou 10/07/2011 - 18:29 (#12)
Abílio,
Você está corretissímo. Também procuro ter a mesma psotura. Parabéns.
Você está corretissímo. Também procuro ter a mesma psotura. Parabéns.
Postou 10/07/2011 - 19:02 (#13)
Elenaldo Carvalho, em 10/07/2011 - 18:29, disse:
Abílio,
Você está corretissímo. Também procuro ter a mesma psotura. Parabéns.
Você está corretissímo. Também procuro ter a mesma psotura. Parabéns.
Obrigado, colega Elenaldo. Apenas complementando meu ponto de vista: concordo que a carga tributária brasileira é excessivamente alta. Mas, na condição de contadores, temos que interpretar que os tributos é um CUSTO TRIBUTÁRIO que os empresários pequenos, médios ou de grande porte, devem embutir no preço de venda dos seus produtos, cujo valor será pago por nós, consumdores finais. Portanto, o empresário é apenas um intermediário entre o fisco e o verdadeiro contribuinte que somo nós, consumidores.
Postou 10/07/2011 - 19:05 (#14)
Muito bem Abílio...
Gostaria que mais profissionais pensassem e agissem como você, pois dessa forma poderíamos reverter grande parte desse problema que acaba sobrando para nós, senão em serviços, mas em descrédito junto à sociedade.
Se agirmos como cumpridores das leis e repassarmos essa consciência aos empresários, agregaremos valor a nossos serviços, poderemos melhorar nossas condições de trabalho e assim honorários condizentes com nossos serviços e responsabilidades.
E como você bem falou, aos poucos a fiscalização eletrônica fará grande parte do trabalho fiscal que hoje não é feito, apertando o cerco aos sonegadores!
Abraços
Gostaria que mais profissionais pensassem e agissem como você, pois dessa forma poderíamos reverter grande parte desse problema que acaba sobrando para nós, senão em serviços, mas em descrédito junto à sociedade.
Se agirmos como cumpridores das leis e repassarmos essa consciência aos empresários, agregaremos valor a nossos serviços, poderemos melhorar nossas condições de trabalho e assim honorários condizentes com nossos serviços e responsabilidades.
E como você bem falou, aos poucos a fiscalização eletrônica fará grande parte do trabalho fiscal que hoje não é feito, apertando o cerco aos sonegadores!
Abraços
Postou 10/07/2011 - 19:18 (#15)
Nixon Coimbra, em 10/07/2011 - 19:05, disse:
Muito bem Abílio...
Gostaria que mais profissionais pensassem e agissem como você, pois dessa forma poderíamos reverter grande parte desse problema que acaba sobrando para nós, senão em serviços, mas em descrédito junto à sociedade.
Se agirmos como cumpridores das leis e repassarmos essa consciência aos empresários, agregaremos valor a nossos serviços, poderemos melhorar nossas condições de trabalho e assim honorários condizentes com nossos serviços e responsabilidades.
E como você bem falou, aos poucos a fiscalização eletrônica fará grande parte do trabalho fiscal que hoje não é feito, apertando o cerco aos sonegadores!
Abraços
Gostaria que mais profissionais pensassem e agissem como você, pois dessa forma poderíamos reverter grande parte desse problema que acaba sobrando para nós, senão em serviços, mas em descrédito junto à sociedade.
Se agirmos como cumpridores das leis e repassarmos essa consciência aos empresários, agregaremos valor a nossos serviços, poderemos melhorar nossas condições de trabalho e assim honorários condizentes com nossos serviços e responsabilidades.
E como você bem falou, aos poucos a fiscalização eletrônica fará grande parte do trabalho fiscal que hoje não é feito, apertando o cerco aos sonegadores!
Abraços
Obrigado, colega Nixon. Prazer encontrar neste fórum um colega do meu Estado (AM). Abraços.
Postou 10/07/2011 - 19:50 (#16)
Olá Abílio,
Eu é que agradeço sua contribuição no tópico e também o prazer de saber que um colega amazonense compartilha comigo deste pensamento.
E isso evidencia que juntos somos mais fortes!
Abraços!
Eu é que agradeço sua contribuição no tópico e também o prazer de saber que um colega amazonense compartilha comigo deste pensamento.
E isso evidencia que juntos somos mais fortes!
Abraços!
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